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                  Foto:  https://letralia.com/ 
                    
                  REYNALDO JIMÉNEZ 
                  ( PERÚ ) 
                    
                    
                  Reynaldo  Jiménez  . Nasceu em Lima, Perú, em 1959.  
                    Vive em Buenos Aires desde 1963.  
                    Poeta, ensaísta, tradutor e editor, publicou, entre  outros, os livros de poemas Tatuajes (1981), Eléctrico  y despojo (1984), Ruido incidental / El té (1990), 600  puertas (1993) e La curva del eco (1998), O  la sien sobre el lodo (Espartaria, 2000), Al paso volador de  las perdices (Fundación Enma Egea, Cartagena, Murcia, 2001 – VII  Premio de poesía ENMA EGEA de Cartagena 2001), Paisajes sobre el agua (Agua  Clara, Alicante, 2003 – VII Premio TARDOR de poesía de Castellón 2002), El  vuelo único (Algaida, 2006 – X Premio de Poesía Alegría de Santander 2006).  
                    Em 1995 criou com Gabriela Giusti o selo editorial e a revista Tsé-Tsé,  que dirige até hoje com Carlos Elliff e Carlos Ricardo. É um importante  interlocutor da poesia brasileira contemporânea, que traduz e publica há anos  na Argentina. 
                    
                  TEXTOS EM PORTUGUÊS  
                  Tradutores:  
                    Carlito Azevedo // Leonardo Martinelli 
                    
                  
                  INIMIGO RUMOR – revista de  poesia.  Número 7 – AGOSTO DEZEMBRO  1999.  Editores:  Carlito Azevedo,  Augusto Massi.  
                    Rio de Janeiro, RJ:  Viveiros de Castro    Editora,  1999.  108 p.   
                    ISSN 1415-9767.                              Ex. bibl. de  Antonio Miranda  
                    
                           
                    MÍMICA DA ABSORÇÃO 
                      a matéria imaculada 
   
                      ao  escutar a luz 
                        em segundos 
                        ao ensaiar o imóvel. 
   
                        dobra na sensação 
                        clandestina porque ainda 
                        atormenta a demora 
                        com que parece não mudar 
                        o chão. 
   
                        uma por uma traficam 
                        as 600 portas 
                        de sua evasiva. 
   
                        *** 
   
   
                        NÃO ATENDEM AS PLANTAS A SEUS REFLEXOS 
                          na  noite diminuta? Nenhum traço 
                            deixará a roda.  Sonar de nitidez abissal, 
                            alegria de peixe cruzando o feixe 
                            de uma lanterna de papel. 
                   
                     
                    PERIPÉCIA DE UM PENSAMENTO ESCAMA 
                      acerca  disto, sem pele, que parecia 
                        importante, pulsando o molinete, a 
                        metros, ondas de cromático  estertor. 
                       
                        atira o reflexo de morte diamantina 
                        vestida com ausência que ralenta 
                        quando toca sua distância muda. 
                       
                        aonde leva sua penumbra 
                        tanto destino à beira? 
                        empluma o rumor do mar a oscilante 
                        consciência do meio-dia entre os  álamos. 
                       
                       
                        *** 
                       
                       
                        A ÁGUA DO LAGO QUE DESVARIA 
                          JAMAIS DORMIU 
                          a caverna  falsa do minuto eterno 
                            com faminta placidez esquece o  caminho 
                            que a alguma outra parte conduzia. 
                           
                            o sem-fim de estrelada fita 
                            sobre o fosso da orquestra ao ar 
                            e o fosso da presa no olho 
                            entrevendo-se camaleão de tempo:  jardim 
                           
                            vazio das reminiscências. 
                            ar que não burla o que abraça 
                            se faz água no mestiço dos gestos 
                            a conversão em solidões 
                            em reversos, por todos os lados  alumbramento 
                            e em todo sentido escuridão.  
                    
                  * 
                     
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 Página publicada em novembro de 2023         
 
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